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Dr. Wagner Tezinho
CRM 65.677 - RQE 62.890
OMBRO
Bursite do ombro
Os músculos que envolvem a cabeça do umero, levam o nome de manguito rotador e este é o teto da articulação gleno-umeral enquanto que, no espaço subacromial, é o assoalho. O espaço subacromial é bem estreito, e nele estão contidos a bursa e os músculos do manguito rotador.
Por diversos motivos, pode ocorrer um estreitamento, ainda maior, do espaço subacromial e isso leva a inflamação desta bolsa, o que chamamos de bursite do ombro e, isso causa dor no ombro. Na verdade, este estreitamento, faz com que, a porção mais lateral da cabeça do úmero, a qual chamamos de tuberosidade maior, impacte contra o acrômio, causando micro traumas nos tecidos contidos neste espaço subacromial, a bursa e os músculos.
Portanto, não é apenas a bursa que inflama, mas também, os músculos, ocorrendo a formação de uma bursite e uma tendinite. O nome verdadeiro desta entidade é síndrome do impacto do ombro.
O paciente com síndrome do impacto do ombro se queixa de dor no ombro, de início insidioso e com piora progressiva. Refere geralmente, que a dor piora ao elevar o braço acometido e a noite ao se deitar. Com a evolução, alguns pacientes reclamam de dor mesmo em repouso.
Sempre que nos deparamos com um paciente com um quadro clínico, sugestivo de síndrome do impacto do ombro, devemos descartar a existência de lesão dos músculos do manguito rotador.
Radiografias são importantes para avaliarmos as estruturas ósseas que formam a articulação do ombro e a ressonância magnética do ombro serve para avaliarmos o grau de comprometimento dos músculos.
O tratamento do paciente com diagnóstico de síndrome do impacto do ombro é clínico. Prescrevemos medicações analgésicas, orientamos crioterapia e fisioterapia e posteriormente, reabilitação para a vida diária.
A maioria dos pacientes obtém melhora, seguindo o tratamento corretamente.
Os pacientes que não melhoram após seis meses de tratamento, tem indicação para o tratamento cirúrgico. Nesta fase, buscamos tratar a causa da inflamação e na maioria das vezes, a causa para a diminuição do espaço subacromial é a presença de um “esporão” na porção inferior e anterior do acrômio.
A cirurgia, anteriormente realizada pelo método aberto, com um corte extenso, hoje é realizada pelo método da artroscopia; com apenas 3 pequenas incisões na pele de aproximadamente 1,5cm ,; introduzimos uma micro camera e com instrumental delicado, tais como micro motores acoplados aos instrumentos , ressecamos este esporão e “limpamos” toda a inflamação. (Acromioplastia artroscopica)
O paciente permanecer alguns dias imobilizado e progressivamente vai retomando todas as suas atividades da vida diária.
A permanencia da bursite e tendinite ocasionados pela sindrome de impacto, se não tratados, podem ao longo dos anos acabar em rotura dos tendões do manguito rotador.
BURSITE DA ESCAPULA ( ESCAPULAR) Causas, Sintomas e Tratamento
A bursite Escapulo-Torácica é uma inflamação da bursa localizada abaixo da Escápula , causando dor na porção posterior do ombro. Tal dor é mais comum de ocorrer no ângulo superior da Escápula. Essa inflamação faz com que a bursa fique espessada e isso faz com que a movimentação desse osso fique alterada. Além disso pode causar crepitação e sensação de ressalto para o paciente.
Situações que causam um Ressalto da Escápula, tais como: discenesia, seqüela de fratura ou uma osteocondrite, também podem fazer com que a bursa sub escapular inflame piorando o quadro de dor do paciente, sensação de crepitação e ressalto. O paciente também apresenta dor a palpação da borda medial da Escápula na região da espinha escapular. Exames de imagens, como Raio X, Tomografia e Ressonância Magnética devem ser solicitados para se descartar outras causas de ressalto da Escápula e confirmar a presença da bursite.
O tratamento de início deve ser conservador, confirmando-se não haver qualquer outra causa para o ressalto da Escápula além da bursite. Repouso, calor local, uso de uma tipóia, uso de analgésicos e anti-inflamatórios podem ser recomendados. Exercícios específicos de alongamento e fortalecimento são importantes para o retorno às atividades e indicados conforme a dor vai diminuindo.